Um pouco de céu

terça-feira, janeiro 23, 2007

Em princípio é p'ra continuar...

Acabado o semestre e a disicplina de Edição Electrónica, sem a qual este blog nao existiria, penso que vou continuar a dar-lhe vida.. gostei da experiência e agora que ja nao o actualizo apenas por obrigação vai ser muito mais facil.. ;)

domingo, janeiro 07, 2007

Os números do aborto

"Segundo as estimativas da Associação para o Planeamento Familiar, são realizados em Portugal entre 25 e 30 mil abortos ilegais todos os anos. Nos hospitais portugueses, os números relativos à interrupçãi voluntária da gravidez dentro da lei actual são bem diferentes.: 906 abortos em 2005, 834 em 2004, 721 em 2003..."
Quando é que o nosso país vai parar com esta hipocrisia e assumir que o aborto ilegal é uma realidade e que não é a lei que impede que isso aconteça! Eu espero sinceramente que no próximo dia 11 de Fevereiro se acabe com esta hipocrisia em que vivemos em relação a este assunto!

sábado, janeiro 06, 2007

Confusões

Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.

(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Um dos meus poemas preferidos

C'est un trou de verdure, où chante une rivière
Accrochant follement aux herbes des haillons
D'argent; où le soleil, de la montagne fière,
Luit: c'est un petit val qui mousse de rayons.
Un soldat jeune, bouche ouverte, tête nue,
Et la nuque baignant dans le frais cresson bleu,
Dort; il est étendu dans l'herbe, sous la nue,
Pâle dans son lit vert ou la lumière pleut.
Les pieds dans les glaïeuls, il dort. Souriant comme
Sourirait un enfant malade, il fait un somme:
Nature, berce-le chaudement: il a froid.
Les parfums ne font pas frissonner sa narine.
Il dort dans le soleil, la main sur sa poitrine
Tranquille.
Il a deux trous rouges au côté droit.

Arthur Rimbaud, novembro de 1870